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25 DE OUTUBRO - DATA DE FALECIMENTO DE MÃE ROXA, MAMETO BANDANELUNGA

Marinho Rodrigues


25 de Outubro

Data de Falecimento de Mãe Roxa, Mameto Bandanelunga, do Terreiro Nossa Senhora Sant’Ana Tombenci Neto Fé e Razão.


Aos 50 anos de sua passagem, celebramos hoje a nossa ancestralidade.


Mãe Roxa, Mameto Bandanelunga, nascida no dia 2 de setembro de 1910, em Castro Alves, e falecida no dia 25 de outubro de 1973, em Ilhéus, era filha de Tiodolina Félix Rodrigues (Yiatidu), que, em 1885, fundou o terreiro de candomblé Aldeia de Angorô em uma roça próxima a Ilhéus, no sul da Bahia. Ao falecer, deixou o terreiro para seu filho mais velho, Euzébio Félix Rodrigues (Tata Gombé), que o levou para o bairro da Conquista, em Ilhéus, e lhe deu o novo nome de Terreiro de Roxo Mucumbo. Eusébio, por sua vez, passou o terreiro para sua irmã, Dona Roxa, que passou a chamá-lo Terreiro Nossa Senhora Sant’Ana Fé e Razão e, depois, Tombenci Neto.


Dona Roxa era filha de Zumbarandanda e foi iniciada por Marcelina Plácida Conceição, conhecida como Dona Massu, que tinha por dijina Quizunguirá, era filha de Zaze e filha-de-santo de Maria Jenoveva do Bonfim, Tuenda de Zambiapongo, Maria Neném, primeira mãe-de-santo Angola, do Tombenci de Salvador, iniciada pelo africano Roberto Barros Reis. De Dona Massu, Dona Roxa recebeu seu sacafunã no dia 26 de julho de 1958, tornando-se assim mãe-de-santo de direito. Logo depois, em 27 de setembro de 1958, recolheu seu primeiro barco de iniciadas, ao qual se seguiram dezenas de outros até seu falecimento precoce em 1973.

Imagem: Reprodução

Dona Roxa foi uma pessoa muito conhecida em Ilhéus, não apenas por parte dos adeptos do candomblé, como também pela sociedade ilheense em geral. Além das obrigações religiosas — seu terreiro foi o primeiro em Ilhéus a ter todos os seus fundamentos estabelecidos segundo a lei do candomblé angola —, o Tombenci sempre esteve integrado na sociedade local, contribuindo muito para ela. Muitas entrevistas, filmes, documentários, gravações, depoimentos etc. foram produzidos no terreiro. O Tombenci também sempre acolheu muitas pessoas, sempre distribuiu cestas básicas, promoveu eventos na comunidade, sustentou muita gente durante muito tempo.


Por tudo isso, hoje, aos 50 anos de sua passagem, celebramos a nossa ancestralidade.



Marinho Rodrigues (Organização Gongombira de Cultura e Cidadania).

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